Falsa médica é alvo de operação da Polícia Civil no AM e dizia ser sobrinha do prefeito de Manaus

Manaus Polícia Política

A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) deflagrou, na manhã desta segunda-feira (19), a “Operação Azoth”, que teve como alvo Sophia Livas de Morais Almeida, suspeita de exercer ilegalmente a Medicina. A mulher se apresentava nas redes sociais como médica e afirmava ser sobrinha do prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), o que foi desmentido em nota oficial.

De acordo com o 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP), que conduz a investigação, Sophia realizava atendimentos médicos mesmo sem formação adequada, incluindo consultas com crianças portadoras de doenças cardíacas graves e gestantes cujos fetos apresentavam malformações cardíacas. A polícia também apura como a investigada conseguiu ter acesso ao Ministério da Saúde, em Brasília.

Nas redes sociais e em grupos de mensagens, Sophia compartilhava imagens que supostamente mostravam momentos ao lado do prefeito. Em uma das fotos, ela aparece ainda criança com David Almeida. “Achei essas fotos aqui na vovó hoje e que lembrança boa. Nossa primeira campanha juntos”, escreveu. Em outro post recente, declarou: “Quase 30 anos depois, ainda juntos. Divergindo aqui e ali, mas sempre juntos”.

Nota do Prefeito de Manaus

Em nota divulgada pela Secretaria Municipal de Comunicação (Semcom), a Prefeitura de Manaus negou qualquer relação de parentesco entre o prefeito e a investigada. O texto esclarece que a foto de Sophia ainda criança, divulgada como sendo com David Almeida, na verdade retrata o prefeito com sua filha, Fernanda Aryel. Outra imagem, também divulgada por Sophia, foi uma selfie tirada em local público, onde ela teria abordado o prefeito, como ocorre com diversos populares.

“A prefeitura segue com o compromisso de trabalhar com a verdade e combater a desinformação, reforçando o compromisso com o bom jornalismo e o combate às fake news”, diz o comunicado.

Hospitais e órgãos se manifestam

O Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV-Ufam/Ebserh) informou que Sophia nunca atuou como médica na instituição, nem há qualquer registro de atendimentos realizados por ela. Segundo a unidade, a mulher foi aluna do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), atuando como educadora física.

“O acesso ao hospital era exclusivamente na condição de mestranda. Atualmente, ela não possui qualquer vínculo com a universidade ou com o HUGV”, informou a direção do hospital em nota.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *