Cidade amazonense lidera ranking dos piores índices de desenvolvimento no Brasil

Amazonas

RIO DE JANEIRO – As cidades com os melhores índices de desenvolvimento socioeconômico do Brasil estão concentradas majoritariamente nos Estados de São Paulo e Paraná. Por outro lado, os municípios com os piores desempenhos se localizam na região Norte, com destaque negativo para Ipixuna, no Amazonas, que ocupa a última posição do ranking.

Os dados são da nova edição do Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM), divulgada nesta quinta-feira (8) pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). O levantamento considera informações oficiais de 2023, avaliando três áreas: emprego e renda, saúde e educação. A pontuação do IFDM varia de 0 a 1 — quanto mais próximo de 1, melhor o desempenho do município.

O estudo classifica os resultados em quatro categorias: desenvolvimento crítico (inferior a 0,4), baixo (entre 0,4 e 0,6), moderado (entre 0,6 e 0,8) e alto (acima de 0,8).

Na edição de 2023, Águas de São Pedro (SP) lidera o ranking nacional com índice de 0,8932. Com pouco mais de 2.700 habitantes, o município paulista se destaca com desempenho alto nas três áreas avaliadas. A cidade é conhecida por sua vocação turística e pelas águas medicinais, além de possuir a menor área territorial de São Paulo (3,6 km²) e a segunda menor do Brasil, segundo o IBGE.

Completam o top 10: São Caetano do Sul (SP), Curitiba (PR), Maringá (PR), Americana (SP), Toledo (PR), Marechal Cândido Rondon (PR), São José do Rio Preto (SP), Francisco Beltrão (PR) e Indaiatuba (SP) — todos com índice superior a 0,8.

O melhor desempenho fora dos dois Estados veio de Lajeado (RS), que ficou na 11ª posição, com índice de 0,8680.

Segundo o gerente de estudos econômicos da Firjan, Jonathas Goulart, os bons resultados refletem a continuidade de políticas públicas eficientes ao longo dos anos.

Na outra ponta do ranking, Ipixuna (AM), com pouco mais de 24 mil habitantes, registrou o pior índice do país: 0,1485, classificado como desenvolvimento crítico. Também figuram entre os dez últimos colocados: Jenipapo dos Vieiras (MA), Uiramutã (RR), Jutaí (AM), Santa Rosa do Purus (AC), Oeiras do Pará (PA), Fernando Falcão (MA), Limoeiro do Ajuru (PA), Melgaço (PA) e Curralinho (PA).

A Firjan destaca que esses municípios enfrentam dificuldades históricas nas três áreas avaliadas, agravadas por obstáculos logísticos típicos da região amazônica, que dificultam o acesso a serviços básicos e oportunidades de crescimento.

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